Um Palacio na Cidade
Jardim Original Jardim Novo


   No jardim tem-se como destaque a mudança da simplicidade do desenho original para aquele desenvolvido por Aarão Reis com Paul Villon, discípulo do grande paisagista francês A. Alphand, e autor do projeto do Parque Municipal de Belo Horizonte. Também tem a influência do paisagista francês Glaziou, que tinha desenvolvido vários parques no Rio de Janeiro. No primeiro, o elemento valorizado era o eixo que comunicava o palácio com a beira mar, marcado pela fileira de árvores. As ondulações do terreno eram acompanhadas pelas curvas dos caminhos entre os parterres.
   No novo desenho, privilegia-se o passeio do pedestre no meio da natureza, que é inventada, no estilo inglês, com a irregularidade "artificial" e as criações "humanas" na natureza: as pedras, os rocailles, as cascatas, as fontes. Ou seja, o eixo anterior é mantido, mas é cortado pelos novos caminhos que multiplicam a circulação no interior do jardim. A água do novo lago artificial é um elemento simbólico importante, como expressão da continuidade da vida; a água que corre sempre, e descia da gruta (em lençol de água da) cascata. O passeio devia permitir sempre as novas descobertas da paisagem. Nesta complexidade dos significados simbólicos da natureza, se alternavam as funções: a conexão com o cais para sair do Palácio pela baía; com as garagens, e os prédios construídos por Aarão Reis para as dependências da Presidência. Havia um antigo pavilhão, transformado em coreto, e uma casa para os mordomos e criados, além de uma cocheira para 21 cavalos e um aquartelamento para o Piquete da cavalaria.



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