O Palácio do Catete, na sua estrutura compositiva e volumétrica, muda as tradições colonial e neoclássica dos prédios do Paço Imperial e do Itamaraty, nos quais predomina a implantação horizontal e a simplicidade dos elementos na fachada: portas, janelas e elementos decorativos. No Palácio do Catete, a volumetria quase cúbica e vertical tem uma relação direta com os palácios do Renascimento florentino, como o Palazzo Strozzi, e veneziano, como o Palazzo Corner. O desenho das fachadas supera o purismo do Renascimento – que continua no Neoclássico, pela persistência das simetrias compositivas, e pela igualdade dos elementos nas fachadas do prédio. No caso do Catete, as quatro fachadas são diferentes, baseadas na expressão das funções internas e no relacionamento com o contexto urbano. Esta mudança aparece fundamentada na liberdade compositiva que advém do surgimento do Historicismo (ou Ecletismo) na Europa, que assimila e altera os elementos estilísticos e compositivos dos diferentes períodos históricos. Neste caso, tem a evidente influência das liberdades do Maneirismo e do Barroco.